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DM9 e Urihi lançam “Death Gold”: campanha usa ouro ilegal para denunciar crimes contra Yanomamis na ONU.

Há campanhas que constroem marca. E há campanhas que constroem história. A Death Gold, criada pela agência DM9 em parceria com a Urihi Associação Yanomami, é uma dessas. Em vez de slogan, uma denúncia. Em vez de produto, um símbolo. A iniciativa transforma ouro ilegal extraído de terras indígenas em peças de comunicação para denunciar internacionalmente os crimes ambientais e humanitários que ameaçam o povo Yanomami.


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O Produto É a Prova do Crime


A campanha parte de um gesto radical: usar o próprio ouro apreendido pela Polícia Federal em ações contra o garimpo ilegal para criar a denúncia. Derretido e moldado, o metal deu origem a joias minimalistas com inscrições fortes — uma delas com o nome de uma criança Yanomami que morreu por contaminação de mercúrio, outra com a inscrição "ouro ilegal".

O que era símbolo de poder e status vira evidência.O que antes gerava lucro agora comunica um colapso.

A coleção não foi criada para vendas ou vaidade institucional. Ela foi apresentada em um evento oficial na sede da ONU, em Nova York, como instrumento diplomático e simbólico de pressão. O objetivo é claro: internacionalizar o debate sobre crimes socioambientais no Brasil e mobilizar atenção global.

Segundo o IPAM, mais de 80% do ouro extraído em terras indígenas é ilegal. E a comunicação tem papel central em transformar esse dado em ação — ou indignação.


Comunicação que Ultrapassa Briefings


Death Gold não é uma campanha de brand awareness. É um manifesto em forma de design. Uma provocação ética. E uma lição direta para quem ainda vê campanhas apenas como ferramentas de conversão.


Essa ação exemplifica o que chamamos de comunicação com coragem institucional: quando marcas, agências e instituições se unem para gerar impacto — mesmo que não seja confortável.


Lições para Líderes e Marcas com Propósito


  • A reputação não se constrói apenas com posicionamento — mas com posicionamento que gera consequência.


  • Quando a marca é veículo, a causa ganha voz.


  • Narrativas bem dirigidas podem furar bolhas, barreiras políticas e geografias.




Se sua marca ainda acha que ativismo e reputação são caminhos opostos, está presa a um modelo que o mundo já superou. Marcas do futuro não só falam: elas expõem, denunciam e transformam.

 
 
 

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